Feliz 2018 e Horário de Funcionamento

Horários de Funcionamento no Ano Novo:

Estaremos com nosso atendimento disponível até 12:00 de sábado, dia 30. Depois disso iremos recarregar as energias para o próximo ano e nosso atendiemnto e entregas voltam a funcionar normalmente a partir da manhã do dia 02 de janeiro, terça-feira.

 

Nossos votos de boas festas e feliz 2018!

Neste ano que se encerra, gostaríamos de agradecer a todos os nossos clientes, parceiros e colaboradores. Foi um ano de muitos desafios e que exigiu muitos esforços de todos na construção de um país e um mundo melhores.

De nossa parte, como empresa, buscamos fazer tudo ao nosso alcance para atender da melhor forma possível cada pedido, cada entrega, cada flor levada com carinho a pessoas importantes para quem estava enviando sua mensagem especial. Se houve falhas de nossa parte, pedimos nossas sinceras desculpas e que eventuais clientes que não se sentiram bem atendidos tenham certeza de que eventuais falhas nunca foram por descaso e servem sempre de lição para a correção e o aprimoramento constante de nossos serviços, produtos e processos.

E para todos aqueles que enviaram ou receberam flores através de nossos serviços, nosso muito obrigado. Sua satisfação é a razão de nossa existência, e cada uma das milhares de engregas fetas neste ano que se passou nos deixa um pouco mais orgulhos e um pouco mais felizes, pois sabemos a honra de merecer a confiança de nossos clientes em momentos tão especiais para eles. É uma grande satisfação poder articipar desses momentos, pois um pouco de perfume sempre permanece também nas mãos de quem leva e entrega as flores! A todos um maravilhoso e florido 2018,,,

Gostaríamos de oferecer uma flor a cada um de nossos clientes e dos visitantes de nosso site neste momento especial, mas como isso não é possível, oferecemos este belo poema de nosso grande poeta Carlos Drummond de Andrade. Que as belas palavras desse mestre sirvam de inspiração para todos neste novo ano:

 

 

Feliz 2018 com flores - Uniflores

Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?

Olhos sujos no relógio da torre:

Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.

Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.

 

Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

 

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erra, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

 

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de l9l8 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima.

 

Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.02
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

 

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

 

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

A FLOR E A NÁUSEA, in A ROSA DO POVO, 1945, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE39

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